João Pessoa, 28 de dezembro de 2011 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Até onde a Coluna apurou com fontes e informes de gente que circula pela política e pelo mundo social de Campina Grande, o secretário de Educação, Flávio Romero Guimarães, é um técnico competente e um homem de bem e de bons costumes.
O currículo do auxiliar de Veneziano, entretanto, não o exime de apresentar explicações plausíveis sobre a relação comercial estabelecida entre sua pasta e um primo, por coincidência autor das denúncias contra o governador Ricardo Coutinho na Revista Época, o enrolado empresário Daniel Cosme Guimarães.
Admitamos que Flávio Romero não incorra em crime de tráfico de influência ao comprar os livros da empresa do primo. Mas é no mínimo muito estranho que uma das fornecedoras da Prefeitura pertença a um “laranja” do primo do secretário, um DJ das boates campinenses, conforme revelou a nova edição da Revista Politika.
Na entrevista à Politika, o ex-sócio Pietro Félix tenta ligar a relação de faturamento das empresas de Daniel em Campina com os interesses do dono da New Life em explorar sob o aspecto político o fim da sociedade de ambos.
O mais prudente é não se antecipar pré-julgamentos em relação às prefeituras de Campina e João Pessoa, porém, com essas novas revelações, a esta altura, nenhuma virtual CPI na Assembléia pode se esquivar de ouvir Flávio Romero e o tal DJ Ota, privilegiado que consegue a proeza de conciliar a vida de empresário e artista da noite.
Parentesco –
O secretário Flávio Romero afirmou nunca ter se pautado na pasta da Educação por conveniências individuais. Chamou a denúncia de Pietro Félix de ‘factóide político’.
Jogo político –
“Querem tirar o foco da denúncia do Estado e da Prefeitura de João Pessoa com a tentativa de incluir Campina e jogar tudo na vala comum”, desabafou Flávio Romero.
Desmistificando o “oba-oba” –
Acendeu a luz amarela na oposição em João Pessoa. A pesquisa Data Vox, na qual Luciano Agra aparece na liderança em todos os cenários, dinamita a tese cultivada pela oposição de que o candidato socialista é “fraco” e não apresenta competitividade. Os números revelam exatamente o inverso. Um alerta à euforia desenfreada.
Recado aos caciques –
Em contato com a Coluna, o vereador Bira Pereira (PSB), notável e vistosa pétala dos girassóis pessoense não perdoou: “Esses números fazem com que as raposas velhas percebam que o povo não os quer, pois tiveram a chance de fazer algo e não fizeram”.
Desqualificando os números –
Já o vereador Marcus Vinicius (PSDB), estandarte do cicerismo, não baixou à guarda. O tucano se saiu dizendo que o grupo tem pesquisas de consumo interno que mostram outra realidade: Cícero em primeiro lugar, Maranhão em segundo e Agra em terceiro.
Empolgado –
Em entrevista ao Correio Debate (Rádio), o ex-governador José Maranhão (PMDB) mostrou apetite para o prato de 2012. Falou com entusiasmo e vontade de papar a eleição.
Brasa–
“Eu sei a quem vou beneficiar se eu botar lenha nessa fogueira”. Resposta enigmática de Maranhão ao ser questionado reservadametne pelo colunista sobre a crise deflagrada no PMDB.
Indireta –
Provocado sobre o movimento de mudança que agita o PMDB, Maranhão não economizou nas estocadas. “Candidato não se faz com juventude. Candidato se faz com votos”.
Panela e tampa –
Determinado a disputar a Prefeitura da Capital, Maranhão não esconde que sonha com a ex-vice-governadora Lauremília Lucena (PSDB) na sua vice. “Seria uma chapa ideal”, flertou.
Light –
O líder peemedebista deixou nítida a decisão de manter uma postura propositiva no debate da sucessão em João Pessoa. Em nenhum momento, Maranhão atacou Luciano Agra.
Reposicionamento –
Aliás, a nova postura de Maranhão se estende a antigos adversários, como o senador Cássio, que tem sido, deliberadamente, poupado das críticas e ataques, antes tão ácidos e comuns.
Desanuviando –
O ex-governador confessou tentativas de ligar para o seu histórico contendor, Ronaldo Cunha Lima, para se solidarizar com o poeta, internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.
Reconhecimento –
“Ronaldo foi um político que marcou o tempo pela sua popularidade”, frisou Maranhão, quebrando jejum de pelo menos uma década intrigas com seu concorrente de convenção em 98.
Tema de ordem –
O prefeitável do PMDB revelou que tem se aconselhado de especialistas com o intuito de apresentar um plano de mobilidade urbana, um dos trunfos de sua futura carta-programa.
Confronto –
Maranhão nega ter deixado a folha de pessoal em 56%, como afirma o governo, mas admitiu que encerrou a gestão com o comprometimento de 51%, “para honrar os PCCRs”.
PINGO QUENTE – “Eu amo João Pessoa”. Do ex-governador Maranhão declarando seu amor pela Capital, que agora em 2012 deve superar e muito a paixão pela terra natal Araruna.
*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba
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OPINIÃO - 22/11/2024